quinta-feira, 21 de julho de 2011

Comitê da Bacia do Rio Tramandaí realiza visita técnica em Maquiné

Comitê da Bacia do Rio Tramandaí realiza visita técnica em Maquiné

Em busca de conhecimentos sobre a região onde brotam inúmeras nascentes que deságuam nas lagoas do litoral norte, os representantes do Comitê de Gerenciamento da Bacia do Rio Tramandaí viajaram até o município de Maquiné, no dia 06 de julho. A atividade faz parte do projeto Taramandahy: gestão integrada dos recursos hídricos da bacia do rio Tramandaí, executado pela ANAMA – Ação Nascente Maquiné – com patrocínio da Petrobras, através do Programa Petrobras Ambiental.

Parlamento das águas - O Comitê é formado por representantes dos usuários da água, da população e órgãos do poder público que se reúnem uma vez por mês em Osório para deliberar, de forma integrada e participativa, sobre questões e conflitos referentes à gestão das águas da região litorânea. Para conhecer melhor a realidade da bacia estão acontecendo visitas técnicas em diferentes regiões do litoral. A segunda saída privilegiou a sub-bacia do Rio Maquiné que está inserida na Reserva da Biosfera da Mata Atlântica e abrange uma área de 550 km². “Existem mais de 100 nascentes que contribuem para uma água de excelente qualidade na bacia litorânea”, afirma o ecólogo Dilton de Castro, da ANAMA.

Berço de nascentes - No topo da Serra do Umbu, divisa com o município de São Francisco de Paula, a 900 metros de altura, o grupo teve uma visão geral do vale do Maquiné, com seus morros, rios, cachoeiras e o imenso verde da Mata Atlântica. O biólogo e coordenador técnico do projeto, Ricardo Mello, chamou a atenção sobre a importância da conservação da mata nativa da encosta da Serra Geral para a preservação das nascentes e de toda a biodiversidade. “A Mata Atlântica é considerada como um dos ecossistemas de maior diversidade de espécies em termos mundiais, com grande relevância para a sociedade brasileira, expressa na Constituição brasileira, além de ter o reconhecimento da UNESCO pela importância ímpar para a humanidade”, afirma.

Água boa - Ao observar do alto da montanha que as nascentes seguem pelo rio Maquiné e deságuam na lagoa dos Quadros, o gerente da Corsan de Capão da Canoa, João Vargas, salientou que a água, se não for contaminada durante seu trajeto, chega com qualidade na lagoa dos Quadros, onde é captada pela Corsan. “É nosso dever preservar para garantir água com qualidade às próximas gerações”.

Rio desassoreado - Descendo a serra, o grupo acompanhou o trajeto do rio até o centro de Maquiné. Além da beleza cênica, chamou a atenção o assoreamento do rio em determinados trechos, onde não há mata ciliar, devido à intensa atividade agrícola. De acordo com Dilton de Castro, é preciso reflorestar as margens e desassorear esses pontos para a recuperação do rio. Algumas ações nesse sentido estão sendo realizadas pela ANAMA, com recursos da Petrobras.

Fonte protegida - Entre outras iniciativas da ANAMA, está a proteção de nascentes. Os técnicos conheceram uma nascente da Reserva da Mata Atlântica, no rio Ligeiro, protegida por uma construção de pedras e ferro-cimento, realizada em conjunto com a comunidade local. A água limpa é captada por mangueiras e seguem para as casas dos agricultores beneficiados.

Saiba mais – As reuniões do Comitê acontecem todas as últimas quintas-feiras do mês. Contato com o secretário executivo, Tiago Corrêa, pelo fone: 3663 2530. E no site: www.comitetramandai.com.br

Acesse também www.onganama.org.br para conhecer o projeto Taramandahy.

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